sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ELEIÇÕES

No inicio da Campanha Eleitoral

Com a campanha eleitoral para as legislativas a começar, depois de uma série de diversos debates televisivos entre os líderes dos diversos partidos com assento parlamentar, faltando apenas o debate mais aguardado, o debate entre o Eng. José Sócrates e a Drª Manuela Ferreira Leite, poder-se-á dizer que já se sabe quais vão ser as bandeiras dos principais partidos concorrentes.

Se o PS continua a defender os grandes investimentos públicos, o PSD quer realizar apenas os investimentos de menor dimensão e de maior proximidade com a população.

Certamente que ambos os partidos pretendem encontrar medidas para fazer diminuir o desemprego, aumentar o consumo e, consequentemente, a produção.

Mas, ao fim de quatro anos de governação com maioria absoluta, depois de prometer reformas profundas nos diversos sectores da sociedade, a verdade é que nada disso foi realmente feito, tendo-se desperdiçado toda a legislatura a pensar naquilo que o PS e o governo sempre negaram: O ciclo politico de legislatura. Quando empregar o dinheiro disponível do Orçamento de Estado. Como fazer para ganhar no próximo acto eleitoral.

E, apesar dO PS ter estado no Governo durante mais de uma dúzia de anos, intercalados apenas por um pequeno período de dois anos e meio, parece que tudo o que de mal o país possui, desde os impostos altos, ao défice, à falta de algumas infra-estruturas, às deficiências no sistema de saúde e à ineficiência do sistema de justiça, foi obra do PSD!

É necessário que haja alguma honestidade argumentativa, porque de demagogia já todos estamos fartos e essa não enche as mesas dos desempregados, remediados e outros desfavorecidos.

Não vale a pena dizer-se que a oposição é derrotista ou extremista.

Prometer sabendo que não é para executar devia ser motivo de perda de mandato quando chegasse a hora de cumprir a promessa e esta não fosse cumprida.

Não basta dizer que é preciso dar o exemplo, é preciso dar, efectivamente, o exemplo.

E, se um acto eleitoral serve para eleger, serve também para avaliar o trabalho feito e a sua conformidade com o prometido no acto eleitoral anterior.

Mas, porque todos pensamos de forma diferente e porque a opinião de cada um nem sempre é constante, este período até dia 27 será decisivo para alterar ou clarificar aquilo a que as sondagens de hoje designam por empate técnico.

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