quinta-feira, 16 de julho de 2009

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE FAREJINHAS


Bênção e Baptismo de Viatura


No dia 19 de Julho a Associação dos Bombeiros Voluntários de Farejinhas, concelho de Castro Daire promoveu a bênção e o baptismo de uma sua viatura VLCI.


Um veículo adquirido pela Associação já durante o ano passado e que desde essa data tem estado ao serviço, mas que, por motivos vários, só agora foi benzida e baptizada num momento de convívio que a Associação quis promover para toda a população.
Assim, após a celebração da eucaristia deste domingo, o Sr Padre Caria procedeu a bênção da mesma junto à igreja paroquial.
De seguida, no largo da povoação foi o lugar para a cerimónia do seu baptismo, tendo sido “amadrinhada” pela Presidente da Câmara, Eng. Eulália Teixeira.
Na ocasião, o Presidente da Direcção da Associação, Sr Samuel Garcez, proferiu algumas palavras de agradecimento a todos quantos contribuíram para que tivesse sido possível a sua aquisição, frisando o contributo da Câmara na pessoa da sua Presidente, Eng. Eulália, a qual considerou pessoa muito atenta às dificuldades e necessidades deste tipo de Associações, sempre disponivel para colaborar com as mesmas, aproveitando a ocasião, igualmente, para referir algumas necessidades mais urgentes desta Associação de Bombeiros Voluntários, as quais passam pela aquisição de uma ambulância nova, assim como a mudança de instalações.
Por outro lado, agradeceu igualmente o trabalho e empenho de todos quantos participam nas actividades da Associação, quer enquanto elementos do corpo activo, quer enquanto membros dos corpos sociais, tendo dirigido uma palavra muito especial ao anterior Presidente da Direcção, Sr Leonel.
Por sua vez, a Presidente da Câmara, lembrando as responsabilidades das autarquias nesta área da protecção civil, fez questão de dizer que a Câmara está, de facto, atenta às necessidades das Corporações de Bombeiros do Concelho, lembrando o trabalho relevante que esta Associação tem desenvolvido e que, por isso, é seu dever colaborar com a mesma, designadamente na aquisição das viaturas necessárias.
Por fim teve a actuação do Rancho Folclórico da Associação Desportiva e Cultural da Granja.
Finda a actuação alegre e animada deste Rancho, foi servido um lanche para todos no próprio Quartel.

SÓCRATES E O PAPÃO DA DIREITA

A ideologia como tábua de salvação
É curioso ver nesta fase da pré-campanha eleitoral o Eng Sócrates defender o voto no Partido Socialista sob a ameaça da direita ganhar as próximas eleições legislativas.
Apelando aos votantes à esquerda do PS, designadamente, Bloquistas, Comunistas e Verdes, chama-os agora para o PS tentando-lhes incutir o receio do papão da direita!
Mas, farão os partidos à direita do PS algo menos agradável à esquerda do que tem feito o Governo PS do Eng. Sócrates?
Não têm vindo os Comunistas, Bloquistas e Verdes a dizer, numa só voz, que as politicas executadas pelo Governo Sócrates eram politicas de direita?
A ser assim, como podem ter receio das políticas do PSD ou deste partido coligado com o CDS?
Não foi durante o Governo Sócrates que o desemprego mais aumentou?
Não foi este Governo que até há poucos dias orientou toda a sua governação para o lançamento de grandes obras destinadas, essencialmente, aos grandes grupos económicos?
Não terão hoje os portugueses mais receio de nova maioria do PS do que da vitória de qualquer outro partido?
Afinal, os argumentos da competência e do rigor, tão repetidos pelo Eng. Sócrates na campanha das eleições de há quatro anos, não valem desta vez?
Não era essa a avaliação que este Primeiro Ministro sempre defendeu durante a legislatura?
Ou pretende agora fazer esquecer a necessidade da avaliação do seu desempenho ao longo destes quatro anos?
Não é este Primeiro Ministro que tem repetido continuadamente que não tem motivos para o seu governo mudar de rumo?
Certamente que estas eleições servirão para aferir da vontade dos portugueses sobre esse caminho, vontade que hão-de expressar, estou certo disso, sem qualquer receio do papão da direita ou da esquerda, mas convictos do que não querem.

domingo, 12 de julho de 2009

FIM DA DUPLICAÇÃO DE CANDIDATURAS

Deputado ou Autarca?

Aparentemente, pode até parecer não ter grande relevância, a não ser uma questão de transparência para com o eleitor comum. Contudo, creio que os efeitos são bem mais profundos.

Na verdade, o facto de se concorrer apenas a um cargo e não a dois ou três simultaneamente, reduz o leque de oportunidades dos candidatos a vir a ocupar um lugar político de destaque.

Senão veja-se: sendo-se deputado, facilmente se aceita concorrer a uma Câmara que à partida se preveja de difícil vitória.

Deixar de ser deputado, com eleição mais ou menos garantida, para concorrer a uma Câmara difícil, bem pode ser o caminho para perder o “emprego” e, consequentemente, as luzes da ribalta.

Manuela Ferreira Leite estabeleceu no PSD esse critério da não duplicação de candidaturas há já bastante tempo.

O PS, perdidas as eleições europeias, veio agora também impor essa regra em relação ás eleições legislativas, diferenciando, assim, os candidatos a deputados nacionais dos candidatos que foram a deputados europeus.

Vamos ver se será um critério para seguir até ao fim.

A verdade é que o Parlamento Nacional merece que a escolha de candidatos se faça, essencialmente, pela qualidade de quem se candidata.

Sabemos que é hoje difícil conseguir esse objectivo e continuará s sê-lo no futuro, como já o foi no passado. Mas, importante seria criar outra forma de compensar essas dificuldades de modo a fazer com que o produto essencial do trabalho do parlamento chegasse ao destinatário com mais qualidade.

Nos últimos tempos, aliás, parece até que o Parlamento se transformou numa espécie de laboratório com poucos investigadores e muitos observadores.

Mas, porque o tema é inelegibilidade dupla, autarca e deputado, bem pode acontecer que o autarca passe a ser mais autarca e o deputado melhor deputado estudando os problemas que no dia a dia cada autarca enfrenta e propondo as correcções legislativas e comportamentos do governo que favoreçam a resolução dos mesmos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

TEMPESTADE PERFEITA ?

Foi com perplexidade que ouvi o Secretário Geral do PS, Primeiro Ministro Português, dizer aos seus deputados, no final da última sessão legislativa desta legislatura, que esta legislatura se podia classificar, como alguém noutras circunstâncias terá dito sobre outro assunto, como uma “tempestade perfeita”.

Na verdade, desconhecendo as circunstâncias em quem alguém tenha usado essa expressão para classificar uma realidade, por mais que reflicta, não consegui atingir um raciocínio capaz de justificar tal classificação.

Procurando no dicionário, associado a ideia de tempestade aparecem expressões como “violenta agitação da atmosfera”, “temporal”, “grande estrondo”, “agitação moral”, “grande perturbação”, “tumulto”….

Francisco Louça, Líder do Bloco de Esquerda, veio, entretanto, comentar esta classificação e dizer que tal expressão teria sido usada num filme, se não me engano, filme esse que terminou em completo naufrágio sem sobreviventes.

Assim sendo, continua a minha perplexidade por não saber se o Secretario Geral do PS estava a classificar o estado da economia portuguesa no fim desta legislatura, se estava a antever o naufrágio do PS nas próximas eleições ou se estava a desejar o naufrágio das oposições.

Efectivamente, bem poderia o Secretário do PS ter dito apenas que esta legislatura fora uma tempestade.

Os portugueses já se tinham apercebido disso há muito tempo.

Uma tempestade com um barco sem rumo firme, mas onde todos pretendem ainda remar contra essa mesma tempestade a fim de evitar o naufrágio.

Na verdade, sendo uma tempestade por si só algo de terrível, atribuir-lhe a classificação de perfeita, parece-me rondar um estado de espírito pouco adequado para ser usado por um Primeiro Ministro sobre a situação económica de muitos portugueses ao fim de uma legislatura do seu Governo durante a qual, num ápice, viram os seus empregos desaparecer, as suas economias sumirem-se, a sua casa à venda e os seus filhos sem capacidade para estudar.

Tempestade é empurrar as empresas para a falência sem que o Governo faça todos os esforços para ser cumpridor nos seus deveres nos moldes em que exige que as empresas sejam com o fisco.

Tempestade é empurrar milhares de portugueses para “cursos de novas oportunidades” a fim de os retirar dos registos de desemprego e no final dos mesmos nenhuma empresa dar qualquer valor a tal iniciativa.

Sendo isto uma “tempestade perfeita”, se um dia tiver oportunidade de escolha, hei-de preferir apenas um pequeno chuvisco.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

EM FUTEBOL...

O Produto do ano.

Hoje, o acontecimento mediático a nível global, é uma vez mais, a espectacularidade do dinheiro, do poder económico, capaz de transformar o genuíno num produto de propaganda, de consumo imediato a nível mundial.

Fala-se, é certo, do melhor do mundo. Contudo, após esta transacção, passar-se-á a falar mais do preço do que, eventualmente, da qualidade.
Sendo um investimento sem precedentes, pode dizer-se que só uma máquina publicitária muito bem construída o poderá suportar.
Efectivamente, há números que a razão parece não explicar.
Mas, teria este facto a cobertura mediática que teve se os valores da transacção tivessem sido inferiores?
Daí a minha dúvida: Seria a qualidade capaz de por si só proporcionar esta mobilização, ou foi o investimento que obrigou a toda esta actividade de propaganda mediática tendo em vista o seu próprio retorno o mais breve possível?
Ou, dizendo de outro modo, qual dos factores é que deveria justificar este espectáculo?
Certamente que me dirão, os dois…
Porque é bom e é português, melhor ainda. Razões de motivação como esta precisam-se e devem aproveitar-se.
As expectativas estão criadas. O desejo de continuar a vencer é enorme.
Aguardam-se, por certo, bons jogos e momentos de grande emoção.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

VERÃO - PERIODO CRÍTICO

Entramos hoje em mais um período considerado crítico em termos de risco de incêndio florestal.
Muitos são os meios técnicos e humanos que estão disponíveis para combater esse flagelo anual que teima em queimar matos e floresta.
Muitas são as teorias que, ano após ano, se vão alimentando com o “acender do rastilho” com consequências quase sempre imprevisíveis e muitas vezes verdadeiramente devastadoras.
Explicações há sempre muitas.
Os factos são também quase sempre os mesmos: Matos altos e densos, florestas por limpar e desbastar, constituídas essencialmente por árvores resinosas, elevadas temperaturas e pouca humidade.
Mas, perante estes factos, uns susceptíveis de interferência humana no curto prazo, outros não, as opiniões divergem quanto às acções preventivas a realizar, parecendo existir um desentendimento tal, como se fosse impossível conciliar os pontos de vista incidentes sobre o tema.
E, passados que são tantos anos sobre aqueles em que este assunto passou a ser, verdadeiramente, uma questão de Estado, uma questão de segurança e protecção civil, além do melhor apetrechamento de meios para o combate aos incêndios deflagrados, parece estarmos na fase do primeiro passo a dar em relação à verdadeira prevenção que é necessário fazer.
Por isso, porque creio que limpar, como muitos defendem, é necessário, mas não chega nem é essencial num período de intenso calor, diminuta humidade e algum vento, condições que normalmente ocorrem quando é mais difícil controlar um incêndio florestal, outras medidas se impõem.
De facto, se limpar fosse suficiente, porque atravessam os incêndios estradas e auto estradas?
Será possível maior limpeza que uma faixa constituída por uma estrada?
E quanta mão de obra seria necessário para manter de forma constante devidamente limpo todo o nosso espaço florestal?
Creio, é certo, que os milhões investidos no combate se fossem investidos na prevenção, isto é, limpeza, levariam, certamente, a uma grande redução do risco dos incêndios se propagarem com a amplitude que temos visto, tanto mais que os apoios sociais bem podiam estar ligados à execução de actividades de âmbito social, como é a limpeza da floresta.
Mas, não deixarei de defender que enquanto a política for de plantar e replantar pinheiro bravo e eucalipto, estará o nosso país exposto, cada vez mais ao risco de incêndio que tanto se diz querer combater.