quarta-feira, 1 de julho de 2009

VERÃO - PERIODO CRÍTICO

Entramos hoje em mais um período considerado crítico em termos de risco de incêndio florestal.
Muitos são os meios técnicos e humanos que estão disponíveis para combater esse flagelo anual que teima em queimar matos e floresta.
Muitas são as teorias que, ano após ano, se vão alimentando com o “acender do rastilho” com consequências quase sempre imprevisíveis e muitas vezes verdadeiramente devastadoras.
Explicações há sempre muitas.
Os factos são também quase sempre os mesmos: Matos altos e densos, florestas por limpar e desbastar, constituídas essencialmente por árvores resinosas, elevadas temperaturas e pouca humidade.
Mas, perante estes factos, uns susceptíveis de interferência humana no curto prazo, outros não, as opiniões divergem quanto às acções preventivas a realizar, parecendo existir um desentendimento tal, como se fosse impossível conciliar os pontos de vista incidentes sobre o tema.
E, passados que são tantos anos sobre aqueles em que este assunto passou a ser, verdadeiramente, uma questão de Estado, uma questão de segurança e protecção civil, além do melhor apetrechamento de meios para o combate aos incêndios deflagrados, parece estarmos na fase do primeiro passo a dar em relação à verdadeira prevenção que é necessário fazer.
Por isso, porque creio que limpar, como muitos defendem, é necessário, mas não chega nem é essencial num período de intenso calor, diminuta humidade e algum vento, condições que normalmente ocorrem quando é mais difícil controlar um incêndio florestal, outras medidas se impõem.
De facto, se limpar fosse suficiente, porque atravessam os incêndios estradas e auto estradas?
Será possível maior limpeza que uma faixa constituída por uma estrada?
E quanta mão de obra seria necessário para manter de forma constante devidamente limpo todo o nosso espaço florestal?
Creio, é certo, que os milhões investidos no combate se fossem investidos na prevenção, isto é, limpeza, levariam, certamente, a uma grande redução do risco dos incêndios se propagarem com a amplitude que temos visto, tanto mais que os apoios sociais bem podiam estar ligados à execução de actividades de âmbito social, como é a limpeza da floresta.
Mas, não deixarei de defender que enquanto a política for de plantar e replantar pinheiro bravo e eucalipto, estará o nosso país exposto, cada vez mais ao risco de incêndio que tanto se diz querer combater.

1 comentário:

  1. O que acima está exposto, está tudo bem--só que
    noventa e nove por cento dos incêndios são pos-
    tos, salvo um caso raro, são postos por mâo criminosa. Se nâo, vejamos este episódio. Numa
    aldeia aki perto da vila,exisistiu um indivíduo
    que já não faz parte do número dos vivos, que
    era um perfeito piromaníaco. Pois bem,o sujei-
    to, todos os anos no Verão, e por ali nos pinhais à volta da aldeia, lançava fôgo, (mas
    quantos fôram)---´Só num dia em que houve em
    Castro Daire a habitual festa da SENHORA DA SO
    LEDADE, pegou fôgo em cinco lugares diferentes
    Conclusão do comentário---depois do falecimento deste criminoso,e já lá vão, penso,
    eu, mais que dez anos,não houve mais incêdios
    nestes lugares, e faço este comentário, porque
    ´só a mim me queimou cinco pinhais. É triste, mas foi a realidade.

    António Monteiro

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