quinta-feira, 18 de junho de 2009

A INCOERÊNCIA POLITICA

A observação simples do comportamento pós eleitoral por parte dos dirigentes Socialistas e membros do Governo, designadamente do Primeiro Ministro, constata como, apesar do discurso dizer o contrário, o estilo muda e as grandes opções também.
De facto, para quem no inicio do mandato, suportado por uma maioria parlamentar, se apresentou como determinado, crispado, quando não agressivo com toda a oposição, parece mais motivo para rir, ver agora o Primeiro Ministro em tom suave, admitir alguns erros de governação, ou até excesso de estilo, procurando descartar-se do tal “animal politico feroz” inicialmente anunciado e alimentado ao longo do mandato.
Mas, será o resultado deste acto eleitoral motivo para tanto?
Será que só agora o PS e os membros do Governo ouviram o Povo?
Mas estas eleições nem garantem a votação para o Parlamento Nacional!
E não era este Governo que insistentemente dizia que não governava com base nos ciclos eleitorais?
Então porque esta tentativa esforçada de disfarce na pré campanha das eleições legislativas?
Será que os portugueses se vão deixar embalar…
Ora, se o PSD, no dizer de toda a máquina governativa e socialista até agora não tinha qualquer projecto válido para o país, porque o Governo não continua inflexível a executar o seu projecto de governação?
A verdade, é que, se fizermos uma pequena retrospectiva sobre os resultados desta governação socialista absolutista poucos são os aspectos positivos que merecessem tanta insensibilidade do Governo.
Desde o inicio que ouvimos dizer, antes do álibi da crise internacional, que o défice era a principal razão para as medidas drásticas a tomar e que a sua descida seria o ponto de honra deste Governo.
Afinal, em 2008, para que o défice ficasse abaixo dos 3% do PIB, soube-se agora, facto esse sempre escondido pelo Governo, que foi preciso recorrer a receitas extraordinárias, utilizando o mecanismo tanto criticado por este Governo e já utilizado pelo anterior Governo do PSD.
Assim, onde está a verdade e a dignidade que tanto apregoam?
Afinal, que medidas tão extraordinárias tomou este Governo para sustentarem a economia portuguesa?
Foi reduzir um mês de férias judiciais durante o qual os prazos continuam a contar para os advogados mas durante o qual muitos dos Srs Magistrados e Funcionários Judiciais, com todo o direito, continuam a gozar as suas férias?
Foi permitir a venda fora das farmácias de alguns medicamentos de venda livre?
Foi tentar entregar apressadamente “Magalhães” a preços simbólicos a todas as crianças da Escola Básica, construídos com erros de conteúdo e defeitos de fabrico e que têm servido essencialmente para praticar jogos?
E se não tivesse havido eleições europeias?
Teríamos assistido à elaboração deste disfarce?
Afinal, mesmo negando-o, parece que sempre se governa a pensar nos votos. Nos que motivaram a eleição e nos que permitem perpetuar o poder.

1 comentário:

  1. AS ULTIMAS FRASES DO SEU POST NÃO SE APLICAM
    SÓ AO GOVERNO DA NAÇÃO MAS TAMBEM ÁS CÃMARAS
    MUNICIPAIS. OU QUE LHE PARECE?

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