domingo, 31 de maio de 2009

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS

Bombeiros Voluntários de Castro Daire premiados

No dia 30 de Maio, integrada nas comemorações do Dia do Bombeiro Português a realizar este ano na Cidade de Espinho (vendo-se na fotografia ao lado a cerimónia da pira), decorreu uma cerimónia promovida pela Liga dos Bombeiros Portugueses destinada a homenagear diversas personalidades ligadas às Associações de Bombeiros Voluntários, fossem ou não Bombeiros, assim como a atribuir o prémio de Bombeiro de Mérito referente ao ano de 2008, prémio este que tem vindo a ser atribuído anualmente desde há 9 anos.

Este prémio é normalmente atribuído ao Bombeiro Voluntário que se distinguiu numa acção concreta de socorro tendo em conta a dificuldade da mesma e a capacidade, a coragem, a dedicação e a competência com que a mesma foi levada a cabo por forma a ter êxito quer para com o socorrido, quer em relação ao socorrista.

Este ano e pela primeira vez, em vez de um, foi premiada uma equipa, foram premiados quatro bombeiros da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire em virtude da sua acção de socorro na Serra do Montemuro no final do último ano quando duas pessoas estavam impossibilitadas de sair do seu posto de trabalho devido à enorme camada de neve que entretanto havia caído e ao intenso nevoeiro que também existia no local.

Foram eles: Fernando Albuquerque, Carlos Almeida, Márcio Ferreira e Bruno Esteves, conforme fotografia ao lado, mostrando o prémio à saída do auditório, acompanhados pela Presidente da Câmara.

A disponibilidade, a dedicação, a competência e a coragem destes quatro bombeiros, como foi salientado, quer pelo Presidente da Liga, Dr. Duarte Caldeira, quer pela Presidente da Câmara Municipal de Castro Daire, conseguiu o que o helicópetro, a moto de neve e a máquina de rastos não conseguiram, como também referiu no momento a Presidente da Câmara Eng. Eulália Teixeira.

Pela sua atitude e competência, foram condecorados pela Liga dos Bombeiros Portugueses com a medalha de coragem e abnegação, grau ouro.

Hoje, dia 31 de Maio, são igualmente condecorados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil com a medalha de mérito de protecção e socorro, grau azul.

A assistir à cerimónia estiveram, além das demais pessoas convidadas, cerca de 50 “infantes”, crianças inscritas nas camadas mais jovens de bombeiros da Associação dos Bombeiros de Castro Daire.

Um dia de reconhecimento, de orgulho, de contentamento por parte dos homenageados, tendo Fernando Albuquerque, por si e em nome dos demais, agradecido a distinção que lhes havia sido feita por parte da Liga, acrescentando que o prémio pecuniário que lhes fora atribuído seria por eles dado à sua Associação para aquisição de equipamento de protecção individual.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

CAMPANHAS ELEITORAIS

Se ainda admitíssemos que as campanhas eleitorais poderiam servir neste país para explicar alguma coisa aos portugueses sobre o trabalho que os candidatos a um cargo se propõe fazer, os primeiros dias desta campanha para as eleições europeias tirar-nos-iam todas as dúvidas.

Efectivamente, ou a Europa é uma coisa tão nublosa que nem os próprios candidatos sabem explicar muito bem o que é, ou é uma coisa tão boa (o cargo) que procuram não esclarecer para que outros não sintam a tentação de também quererem ser deputados europeus.

Na verdade, do que fazem após a eleição, pouco ou nada dizem e se dizem não chega a mensagem ao povo.

Nos cartazes espalhados pelo país, com mensagens fortes ou supostamente fortes, é curioso ver o conteúdo das mesmas.

Uns, auto proclamam-se como europeus, fazendo crer que só eles merecem esse crédito, mesmo sem dizerem o que defendiam há 20 ou 25 anos atrás, outros declaram defender o interesse nacional, mesmo que vá contra o alegado interesse europeu.

Num ano em que tantos lugares e cargos estão em jogo, a confusão é a arma a que parece todos quererem deitar a mão para cativar o voto, parecendo fazer crer que a maior parte dos que irão votar, nesta data, ainda não sabem em quem vão votar.

Bem podem os governantes nacionais saír à rua e gritar para serem ouvidos, sim, gritar, porque se não gritarem duvido que os ouçam, excepto, é claro, aqueles que os ouvem mesmo quando estão calados.

Contudo, creio ser interessante nestas eleições verificar o número de votantes a fim de perceber qual a percentagem de abstenção num ano em que, findo este acto, começa a pré campanha para as autárquicas e legislativas.

Terão querido votar para o Parlamento Europeu? Terão querido mostrar o que valem quando se manifestam na rua e não lhes atribuem qualquer significado? Ou pura e simplesmente terão querido aproveitar a ocasião para se pronunciarem sobre o que sentem e não conseguem dizer de outro modo?

Por vezes percebemos mal como é que ao longo da história alguns governantes chegaram ao poder. No entanto, mais difícil de perceber é como se conseguem manter no poder em regimes ditos democráticos.

Mas, porque votar é essencial ao regime democrático e porque mesmo antes das campanhas, seja pela televisão, rádio ou jornal, lá se vai ouvindo falar dos candidatos partidários, mesmo que mais de uns do que de outros, é bom que votemos.

domingo, 24 de maio de 2009

GALA CULTURAL


No dia 23 de Maio, por iniciativa do Pelouro da Cultura, a Câmara Municipal organizou a 1ª Gala Cultural que decorreu no Auditório Municipal e foi apresentada por Sandra Pinto e Fernando Costa e à qual assistiram várias centenas de pessoas vindas de todas as freguesias do concelho.

Como objectivo essencial esta iniciativa teve a vontade de reconhecer publicamente o trabalho realizado, ano após ano, por parte das colectividades concelhias que se dedicam à divulgação da música tradicional portuguesa, maioritariamente Folclore, ou desenvolvem outras actividades artesanais.

Pelo palco passaram a receber uma medalha de reconhecimento por esse seu trabalho desenvolvido até ao presente e outras lembranças todas as colectividades concelhias que mantêm no seu seio um Rancho Folclórico, assim como as que se dedicam à musica instrumental (Bandas Filarmónicas), a par de outras que se dedicam à produção de artigos de artesanato, bem como mais dois casos individuais de produção de artigos tradicionais, como sejam os tamancos e objectos em barro.

Uma iniciativa que, certamente, procurou dar voz a todo este segmento cultural da nossa comunidade, reunindo num só espaço muitas pessoas que, à sua maneira, na sua aldeia ou na sua freguesia, mantêm vivas as raízes históricas da forma de viver de uma comunidade.

Pelas declarações dos representantes destas colectividades feitas no momento, foi unânime o louvor à Câmara Municipal por esta iniciativa, considerando muitos que a mesma serviu para fortalecer a vontade de continuarem a desenvolver a sua actividade, assim como para fazer com que todos tivessem uma noção mais exacta do que se faz a este nível globalmente no nosso concelho.

E, se todos eles sabiam que não estavam sós, a verdade é que muitos manifestaram também a sua surpresa ao verificarem que, afinal, no seu conjunto, eram mais do que pensavam ser.

No entanto, se esta iniciativa foi bem aceite por todos os participantes, pareceu-nos o seu título abranger mais do que aquilo que era pretendido.

Efectivamente, cultural é “qualquer prática humana socialmente adquirida e transmitida”.
Porque o objectivo desta Gala, em virtude do que se viu, não foi reconhecer só os melhores, nem qualquer trabalho em particular, independentemente de qualquer critério a usar para o efeito, nem tão pouco abranger todas as áreas de actividade, bem poderia ter incluído um subtítulo esclarecedor do objecto concreto da mesma.

Nessa outra perspectiva, como simples sugestão, talvez num ano pudessem ser elogiados uns, noutro ano elogiados outros e assim sucessivamente sem corrermos o risco de, ano após ano, a renovar-se esta iniciativa, pouco de novo ser mostrado, sendo certo que no nosso concelho muito mais há para, sob aquele título, se mostrar, divulgar, promover, aplaudir e elogiar.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ELEIÇÕES

No jogo dos números

Aproximamo-nos, a passos largos, das primeiras eleições após a eleição do Presidente da República.
Já, desde há alguns meses para cá que se percebeu que a presente legislatura, a maior até à data, tinha entrada em sistema de pausa.
Neste período de pré campanha têm os candidatos feito o seu trabalho, um tanto ou quanto discreto, se pensarmos no mediatismo que costumam ter as campanhas eleitorais.
O PSD vai apresentar a estas eleições uma candidata do Distrito de Viseu em 10º lugar na lista- Eng Marina Leitão, desde há vários mandatos autarca no concelho de Tondela.
Pelo PS ainda se não soube quem do Distrito irá nos lugares ditos elegíveis.
A verdade é que estas eleições surgem num período em que o Governo procura começar a passar a mensagem de que o pior já passou, que a retoma está aí, que as suas politicas estavam correctas, que só o PS é capaz de fazer sair o país da crise.
Contudo, o pior é que começa a sentir-se a intranquilidade da Auto Europa com a possibilidade de deslocalização da empresa para outro país, continua a falar-se em possível insolvência do Banco Privado Português, e diariamente diversas empresas fecham portas, seguindo o exemplo da Quimonda e outras tantas.
É claro que o Governo vem dizendo até que o desemprego não tem aumentado, vindo a saber-se depois que tal informação resulta do apagamento dos ficheiros de milhares e milhares de desempregados.
O nível da dívida pública ao exterior aumenta assustadoramente, mas nesta altura para o PS está tudo bem.
Que diriam os Socialistas se fosse o PSD que estivesse no Governo: Seria o caos!!!
O caos que o Partido Socialista criou à nossa economia ao longo de todos estes anos que está no poder desde 1995 e pelo qual é o único responsável!!!
No entanto, com a sua varinha mágica, pelo discurso dos seus dirigentes, a oposição é que tem sido a responsável pela crise, pelas má politicas, pelo desemprego, pelas insolvências sucessivas.
Seguindo as sondagens, ainda assim, parece que tudo vai correndo de feição para as hostes governativas.
A perícia no anúncio de intenções como se fosse de projectos, o domínio da comunicação social promovendo aí sistematicamente o valor das suas acções, parece fazer com que, pelo menos ao telefone, as pessoas vão dizendo sim, senhor ministro!
Nestes dias de campanha que se aproximam, certamente que tudo será prometido e pouco será discutido.
O PSD irá fazer um comício em Viseu. Quer que todos os eleitores votem porque só assim se dará um sinal de que a população portuguesa está atenta às questões europeias.
Mas, que têm feito os deputados portugueses no Parlamento Europeu junto das nossas populações?
Que divulgação têm feito do seu trabalho?
Estarão dispostos a fazer algo de diferente e promover junto dos portugueses as suas intervenções parlamentares?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O ÚLTIMO ARGUMENTO

Temos assistido a tudo nesta nossa vida democrática.
Desde aplausos, à indiferença, a manifestações públicas e a violência física por razões de ordem ideológica e em virtude da toma de algumas medidas politicas.

Razões que num período de vivência social normal não deveriam existir e que uma situação de crise económico-financeira não deve nem pode justificar.

Podemos discordar de todas as opções de um governo que, para o ser, obteve a maioria dos votos num acto eleitoral, excepção feita a governos de origem presidencial ou formado em virtude de factores excepcionais.

Mas não podemos transformar a vida democrática numa disputa de gangs onde a força passa a ser o factor decisivo das decisões a tomar e a medida do respeito que é dado a cada um dos que exerçam ou se candidatem ao exercício de cargos públicos.

Creio que o último episódio de agressão ocorrido durante as manifestações do 1º de Maio em Lisboa sobre candidatos do PS às eleições europeias demonstram como quem nelas participou não entendeu ainda o significado da democracia que tanto proclama e diz defender.

De facto, que distingue tal acto do regime que foi derrubado no 25 de Abril?

Como pode quem assim age e actua merecer qualquer respeito por parte dos demais?

Curiosa é, sem dúvida, para não dizer algo diferente, a atitude manifestada depois por parte dos organizadores de tais manifestações ao pretenderem justificar tal acto, negando qualquer dever de formular um pedido de desculpas.

A ser assim, que fariam se estivessem a governar o país? Aceitariam manifestações contrárias às políticas que implementassem? Aceitariam críticas às medidas concretas que tomassem?
E se a agressão fosse contra os manifestantes? Estariam os seus organizadores a pedir apuramento de responsabilidades?

Não serve este lugar para tentar explicar ou compreender as culpas ou razões que estarão na origem de tais comportamentos. Contudo, independentemente das mesmas, são tais atitudes totalmente injustificáveis, ilícitas e como tal deveriam ser punidas.

Não é assim que se mudam as politicas nem se fazem campanhas eleitorais.