Uma guerra sem sentido?
Desde que foi promovida a introdução no mercado de medicamentos genéricos que se tem assistido a vários episódios de uma guerra que conheceu nos últimos dias uma acesa batalha entre Associação Nacional de Farmácias e a Ordem dos Médicos com o governo à mistura.
Para nós, consumidores desses produtos, sejam eles de marca ou sem marca, tal guerra parece sem sentido, atentos os argumentos que levaram à implementação desta medida governativa.
Efectivamente, não podemos crer que os Governos, seja o português, sejam os demais que tomaram idênticas iniciativas, tenham introduzido no mercado produtos ditos medicamentos sabendo que tais produtos não têm as componentes necessárias e a dosagem correcta igual à dos produtos de referência.
Mas, partindo deste pressuposto, não se entende porque a lei permite ao médico que escolha entre um medicamento genérico e um medicamento de marca.
De facto, se o argumento é o de que com os medicamentos genéricos todos poupam dinheiro, tanto o doente como o Estado, sem perda de capacidade terapêutica, porque se há-de permitir ao médico a proibição de usar um genérico quando este prescreve um de marca?
Será porque não há confiança nos genéricos, como argumentos os médicos? Comungará o Governo do mesmo sentimento?
Mas, não é ao Governo que cabe promover os necessários controlos de fabrico, composição e dosagem dos genéricos para, só a partir daí permitir a sua entrada no mercado?
Como é possível assistir-se a declarações por parte de médicos no sentido de que “é um crime” a substituição dos medicamentos de marca receitados por genéricos com o mesmo princípio activo?
Quem sabe o quê e que o doente devia saber e não sabe?
Têm ou não têm os medicamentos genéricos as mesmas capacidades terapêuticas?
Por experiência própria, um médico em quem confio já me referiu que os medicamentos genéricos não garantem a mesma dosagem do medicamento de referência, razão pela qual não prescrevia o genérico respectivo à venda.
Contudo, o Estado acabou com a comparticipação nesse medicamento de referência.
Será que o que se pretende é tão só que quem possa compre medicamentos de referência e quem não pode se fique pelos genéricos?
Creio que esta guerra a que se tem assistido, ou tem razões de qualidade dos produtos na sua base e não devia ser permitida pela tutela governativa, ou não tem razões de qualidade na sua base e, então, devia ter sido já evitada pelo Governo, sendo seu dever legislar de forma a cumprir os objectivos de tal medida.
Aquilo a que tivemos oportunidade de assistir é que não passa de mais um desgoverno numa área extremamente importante para a vida de todos nós.
Desde que foi promovida a introdução no mercado de medicamentos genéricos que se tem assistido a vários episódios de uma guerra que conheceu nos últimos dias uma acesa batalha entre Associação Nacional de Farmácias e a Ordem dos Médicos com o governo à mistura.
Para nós, consumidores desses produtos, sejam eles de marca ou sem marca, tal guerra parece sem sentido, atentos os argumentos que levaram à implementação desta medida governativa.
Efectivamente, não podemos crer que os Governos, seja o português, sejam os demais que tomaram idênticas iniciativas, tenham introduzido no mercado produtos ditos medicamentos sabendo que tais produtos não têm as componentes necessárias e a dosagem correcta igual à dos produtos de referência.
Mas, partindo deste pressuposto, não se entende porque a lei permite ao médico que escolha entre um medicamento genérico e um medicamento de marca.
De facto, se o argumento é o de que com os medicamentos genéricos todos poupam dinheiro, tanto o doente como o Estado, sem perda de capacidade terapêutica, porque se há-de permitir ao médico a proibição de usar um genérico quando este prescreve um de marca?
Será porque não há confiança nos genéricos, como argumentos os médicos? Comungará o Governo do mesmo sentimento?
Mas, não é ao Governo que cabe promover os necessários controlos de fabrico, composição e dosagem dos genéricos para, só a partir daí permitir a sua entrada no mercado?
Como é possível assistir-se a declarações por parte de médicos no sentido de que “é um crime” a substituição dos medicamentos de marca receitados por genéricos com o mesmo princípio activo?
Quem sabe o quê e que o doente devia saber e não sabe?
Têm ou não têm os medicamentos genéricos as mesmas capacidades terapêuticas?
Por experiência própria, um médico em quem confio já me referiu que os medicamentos genéricos não garantem a mesma dosagem do medicamento de referência, razão pela qual não prescrevia o genérico respectivo à venda.
Contudo, o Estado acabou com a comparticipação nesse medicamento de referência.
Será que o que se pretende é tão só que quem possa compre medicamentos de referência e quem não pode se fique pelos genéricos?
Creio que esta guerra a que se tem assistido, ou tem razões de qualidade dos produtos na sua base e não devia ser permitida pela tutela governativa, ou não tem razões de qualidade na sua base e, então, devia ter sido já evitada pelo Governo, sendo seu dever legislar de forma a cumprir os objectivos de tal medida.
Aquilo a que tivemos oportunidade de assistir é que não passa de mais um desgoverno numa área extremamente importante para a vida de todos nós.
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