terça-feira, 17 de novembro de 2009

PREOCUPAÇÕES

Olhando e abrindo os jornais vimos que se vão repetindo os temas a fazer manchetes e a encher as páginas interiores, assim como os noticiários televisivos.

Lá por fora, os Estados Unidos e a China declaram a sua indisponibilidade para a redução dos gases que geram o aquecimento global, enquanto outros países fazem esforços no sentido de se obter a redução na produção desses gases.

O novo G2 (Estados Unidos e China) reduzem a pouco mais de zero o peso da Europa no mundo, segundo alguns observadores.

Como sempre, alguns grandes interesses de poucos dominam o destino dos povos.

Cá dentro, no país, as preocupações avançam em algumas direcções, mas chamam a atenção dos portugueses, essencialmente, as questões de justiça e corrupção, as questões laborais, designadamente de desemprego, assim como questões de saúde relacionadas com a gripe A.

No campo da justiça, volta a vir ao de cima a forma, os aspectos formais que a lei prevê e obriga a respeitar no tocante à investigação criminal, que se sobrepõem à descoberta da verdade, à acusação e à eventual condenação.

Aspectos que aos agentes da justiça intervenientes nos processos cabe conhecer e respeitar, mas que o povo continua a não entender porque valem tanto, sobretudo, quando estão em investigação figuras públicas, já que quando são pessoas comuns não vêem dar tanta importância a esses pormenores formais.

E menos compreensível parece ainda o facto dos responsáveis por tais processos darem a impressão de não se entenderem sobre esses mesmos assuntos.

Para registo da população geral fica o espanto, ou talvez não, da incomodidade que as escutas do caso “Face oculta” têm causado a tanta gente.

Noutras circunstâncias, noutros países, exigências de verdade pública ultrapassariam formalismos que favorecem os prevaricadores.

No nosso país, onde o povo continua a eleger pessoas mesmo que já acusadas e até condenadas em tribunal, embora sem decisão definitiva, ou seja, sem o necessário trânsito em julgado, será difícil combater estes fenómenos, uma vez que ninguém sente a necessidade de explicar perante os eleitores as acusações que lhes são feitas.

Esperamos, é certo, que a tão temida gripe A seja mais fácil de combater do que esses outros fenómenos a que vimos assistindo, dia após dia, caso após caso, mas sem nenhum resultado significativo, a não ser a queda da credibilidade do país a nível internacional.

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