Neste dia comemorativo para Portugal, feriado nacional, dia da Restauração, fica este ano também marcado por mais uma grande cerimónia realizada em Lisboa destinada a assinalar a entrada em vigor do novo Tratado da União Europeia – o Tratado de Lisboa assinado há dois anos atrás na nossa capital.
Por outro lado ficou a saber-se que o desemprego atingiu no passado mês de Outubro a cifra de 10,2% da população activa do nosso país.
Um número de desempregados nunca antes atingido no nosso país. Um número de desempregados que tem vindo sempre a crescer desde há cerca de meia dúzia de anos para cá e que ainda não deu sinais de parar, antes pelo contrário.
As notícias continuam a ser fábricas multinacionais a laborar no país que ameaçam fechar lançando para o desemprego centenas de trabalhadores e pessoas que se até aqui tinham uma vida estabilizada, num repente, passam a não saber o que fazer da sua vida.
Contudo, muitos, mesmo muitos, são os que gostariam de atingir solo europeu e mesmo solo português.
Aliás, muitas das produções portuguesas, sejam elas de cariz industrial ou mesmo agrícola passaram já para mãos estrangeiras.
E a tudo isto se assiste como se tudo tivesse que ser mesmo assim, com um Governo a pensar na implementação de um novo código contributivo que, segundo vários especialistas, iria aumentar de forma extremamente gravosa as taxas a pagar por muitos trabalhadores portugueses que ainda não fecharam as portas das suas pequenas empresas.
Até apetece dizer que para o nosso Governo parece ser preferível uma pessoa estar no desemprego do que trabalhar por sua conta e risco!
De facto, para quem há cerca de cinco anos dizia ser um escândalo as taxas de desemprego então verificadas, quando o PSD estava no Governo e se começou a ouvir falar na deslocalização das grandes empresas multinacionais, que diria o PS nesta altura se estivesse na oposição?
Seria a incompetência dos governantes em criar novos empregos, em impedir o fecho das empresas, em gerar alternativas de desenvolvimento, politicas económicas erradas, etc, etc.
Porque está no poder ordena aos organismos oficiais que retardem a divulgação deste tipo de dados negativos, afirmando mesmo que o país deixou já a recessão económica.
Afinal, qual cavaleiro andante que tanta promessa fez e nada do que disse ir fazer realizou?
Será que não há muito trabalho a fazer por todo o país por quem recebe rendimentos do Estado estando desempregado?
Para quando a implementação de medidas concretas de dar trabalho a quem recebe?
Precisará Portugal para isso de um novo “tratado constitucional” à semelhança do que aconteceu hoje com a Europa dos 27?
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